A polícia federal confundiu um corretor imobiliário morto há dois anos com um traficante de drogas em seu relatório que baseou a operação patron, a última fase da operação lava jato do Rio de Janeiro.
Na investigação realizada pela polícia federal, dados da lista de contatos telefônicos da empresária Cecy Mendes Gonçalves da Mora foram usados para apontar suspeitas de sua relação com um traficante de drogas.
Cecy tinha um contato chamado de cabeça branca em seu celular; para a pf esse seria um apelido para o narcotraficante Luiz Carlos da rocha que foi preso em 2017 e é considerado um dos maiores criminosos do país.
Acontece que o telefone encontrado pela polícia era o antigo número comercial de um corretor de imóveis chamado Luiz Milton Leonardo de Almeida, falecido em 2017, cujo apelido era cabeça branca.
A viúva do corretor, Sônia Maria de Almeida, mantém o número citado no relatório da polícia, para manter negócios fechados pelo seu falecido marido.
Sônia diz que o número sempre pertenceu a seu marido e que esta confusão a deixou muito triste; ela diz que seu marido nunca teve problemas com a polícia e agora aparece associado a um traficante que ela nunca viu.
Sônia também diz que seu ex-marido já trabalhou com Cecy, os dois são da mesma cidade.
Antes de falecer, ele realizou uma avaliação de uns imóveis que a família de Cecy iria vender. Por causa disso ela manteve o número do corretor salvo em seu telefone.
Sônia diz que agora virou vítima de piada de toda a cidade, que ficava lhe telefonando para dizer que ela ia ser presa.